Em um momento em que se fala da criação de pistas exclusivas para
amenizar efeitos dos veículos na atmosfera, falta consciência dos
condutores e sobram irregularidades
Veículos estacionados estão aos poucos tomando o lugar de
bicicletas e pedestres nas malhas cicloviárias da cidade. O problema que
já é antigo, desde a implantação das faixas, ainda se repete em alguns
trechos da cidade. Segundo levantamento da NitTrans, somente no ano
passado cerca de oito mil autuações foram lavradas por mês.
Na manhã de segunda-feira, O FLUMINENSE flagrou alguns casos de
motoristas infratores em um trecho da Rua São Lourenço, no mesmo bairro e
no Cafubá. Já na Estrada Fróes, em São Francisco, e na Avenida Sete, no
Jardim Icaraí, a situação estava normalizada.
Em maio de 2011 entrou em vigor a lei que institui o Estatuto da
Bicicleta no município, o que fez com que a Prefeitura de Niterói,
através da empresa Niterói Transporte e Trânsito (NitTrans), implantasse
rotas ciclísticas em diversos trechos da cidade.
A meta é criar uma ciclovia de 7,3 quilômetros, que ligará os bairros
do Barreto, na Zona Norte, e Gragoatá, na Zona Sul, passando ainda
pelas Barcas. No entanto, o desrespeito de motoristas que se aproveitam
da malha cicloviária para estacionar, está cada vez mais frequente.
A reclamação é de ciclistas que diariamente se deparam com o
problema, tendo que desviar da faixa e como consequência, pedalar em
meio aos carros pondo em risco a própria segurança.
Desde a implantação das ciclovias, a NitTrans já registrou uma média
de oito mil autuações por mês, por motoristas que estacionam o veículo
no passeio ou sobre faixa destinada a pedestre.
As autuações nas diversas modalidades de estacionamento irregular
podem resultar em multas que variam entre R$ 53,20 e R$ 127,69 além de
perdas de três a cinco pontos na carteira de habilitação do condutor.
Nestes locais, estão proibidos também o tráfego de pedestres e
cadeirantes, exceto nos locais onde houver sinalização permitindo; o
estacionamento de veículos de tração manual, inclusive carrinhos de bebê
e os utilizados por vendedores ambulantes.
O Estatuto prevê penalidades de advertência, multa, remoção e até apreensão.
A Prefeitura informou, por nota, que a fiscalização nas ciclovias é
feita regularmente pelos agentes da Subsecretaria de Trânsito, cujas
equipes se deslocam em viaturas e motocicletas além de atender
solicitações enviadas pela população, através do telefone 2621- 5558,
nos ramais 232 e 233, das 9h às 18 horas.
Memória – Em outubro do ano passado, um ciclista de
26 anos, que estava a caminho da faculdade seguindo pela ciclofaixa foi
atropelado por um carro.
O acidente aconteceu na Estrada Celso Peçanha, conhecida como
Garganta, no Complexo do Viradouro, em Santa Rosa, quando o estudante
descia a estrada no sentido Santa Rosa, em alta velocidade por volta das
6h30.
Projetos para educar
A NitTrans acredita que os projetos de vias para bicicletas devem
priorizar a educação e conscientização da população. Já para este ano, a
Divisão de Transporte Não Motorizado da autarquia está preparando uma
programação que inclui palestras, seminários, campanhas e exposições.
Dentre as ações está a distribuição de mapas de bolso com todas as
rotas para bicicletas na cidade, eventos para promover a educação no
trânsito e o respeito aos ciclistas, além de ações de visitação de
empresas de ônibus para ministrar palestras aos motoristas.
Rotas – Entre as principais ciclovias que fazem
parte do planejamento da Prefeitura estão as de Charitas até o Gragoatá,
na Via Orla, sendo interligada com a ciclovia que o Governo do Estado
pretende construir do Gragoatá ao Terminal Intermodal, no Centro; outro
elo de Icaraí ao Centro será a ciclovia que sairá da Rua Miguel de
Frias, passando pela Marquês do Paraná até a Rua Doutor Celestino.
Já na Região Oceânica, a intenção é ligar a ciclofaixa do Engenho do Mato até Itacoatiara e Itaipu.
Fonte: Jornal O Fluminense
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