terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Justiça do Espírito Santo proíbe perfis que avisam motoristas sobre Operação Lei Seca na internet

 Justiça do Espírito Santo proíbe perfis que avisam motoristas sobre Operação Lei Seca na internet

Febre entre internautas, os perfis que informam os motoristas a respeito de operações para reprimir o consumo de álcool ao volante teve o primeiro revés no país. A Justiça estadual do Espírito Santo mandou que os microblogs Twitter e Facebook retirem do ar, no prazo de sete dias após serem notificadas, os links Lei Seca ES e Utilidade Pública. A decisão não tem eficácia no Rio, mas já gerou reflexos em terras fluminenses: o deputado federal Carlos Alberto Lopes (PMN), ex-coordenador da Operação Lei Seca no Rio, disse que vai estudar a possibilidade de criar um projeto de lei proibindo a veiculação desses perfis na internet em todo o país.
— Adoro o Twitter como uma ferramenta do cotidiano, mas voltado para o bem. Esses perfis (que apontam os locais das blitze) são um desserviço. Cansei de ver pessoas que iam na onda desses perfis, mudavam seus caminhos para fugir dos bloqueios e acabavam se ferindo — diz o deputado, que foi responsável por formular as bases da operação no Rio, à qual cabe a responsabilidade pelo cumprimento da Lei 11.705 (a Lei Seca).
A decisão foi do juiz Alexandre Farina Lopes, da Vara Especial Central de Inquéritos Criminais de Vitória. Segundo ele, as empresas serão notificadas da decisão até esta sexta-feira. Em caso de descumprimento da decisão, o Facebook e o Twitter pagarão, cada, multas de R$ 500 mil por dia.
O juiz determinou que o Facebook e o Twitter retirem de circulação qualquer outra página que, direta ou indiretamente, informe sobre blitz na Grande Vitória. O pedido foi do Titular da Delegacia de Delitos de Trânsito, Fabiano Contarato. O Ministério Público apoiou o pedido de retirada do ar das páginas.
Farina ainda afirma, na decisão, que podem ser responsabilizados não somente os autores da ofensa como também os que contribuírem para a sua divulgação.

Fonte: Jornal Extra

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