Sensacional!
Poderíamos fazer algo inspirado nessa idéia no Brasil. Afinal, o
trânsito por aqui mata e deixa mais feridos do que qualquer guerra que os
americanos tenham-se envolvido no mundo.
Sei o que o esporte pode fazer pela auto-estima, pela reabilitação
física e social, enfim, pelas vidas das vítimas dessas "guerras". Foi
por meio do esporte que eu voltei a me socializar e ter uma vida normal. Foi
através dele que tive contato com outras pessoas com deficiência e pude
enxergar que mesmo com problemas bem maiores que o meu, pessoas levavam a vida
normal. Com esse convívio, a troca de experiências tornou-se tão inevitável
como benéfica. Sem elas, provavelmente eu ainda estaria dentro de casa sem
saber que é possível, sim, levar uma vida normal. Parafraseando o presidente
americano que foi eleito com o slogan "Yes, we can!" eu digo: Sim,
nós podemos ter uma vida produtiva e normal.
Sim, nós podemos, porque deficientes não somos nós.
Deficientes são os locais onde vivemos que não estão preparados para receber a
todos, independente das dificuldades que tenham de locomoção. Pense bem: a
mesma calçada mal feita, a sarjeta sem rebaixo ou a falta de uma rampa adequada
que me impede de transitar com a cadeira, também impede idosos e até o cidadão
comum de exercerem seu direito de ir e vir com segurança.
Sim, nós podemos, porque o esporte não é uma atividade somente para
grandes atletas. É, sim, direito de todos os cidadãos. Uma fonte de
convívio e de interação social para crianças, adolescentes, idosos e pessoas
deficientes ou não.
O esporte me ajudou muito na minha história de
superação, e continua ajudando porque nossa luta é diária.
Maravilhoso será o dia que vou sair de casa e não
vou ter dificuldade para estacionar meu carro, subir uma rampa, encontrar um
banheiro acessível, tocar minha cadeira em uma calcada toda esburacada e sem
nível. Esse dia chegará!
Abraços!
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