domingo, 16 de outubro de 2011

NITERÓI RECEBE PROVA DE RUA NESTE DOMINGO | O FLUMINENSE

Niterói recebe prova de rua neste domingo | Jornal O Fluminense

Em busca de mais um desafio, Bruno Dutra será o único atleta cadeirante na disputa. Foto: Lucas Dumphrey














 

Evento reúne 3 mil atletas na orla da cidade


Conhecida pela sua qualidade de vida, o município de Niterói será palco de um evento que reúne cultura, esporte e belezas naturais. A cidade que retomou sua participação no circuito das provas de rua com a volta da Corrida da Ponte, terá neste domingo, a partir das 9 horas, a oportunidade de mostrar para os interessados no esporte que é possível
associar um evento desse porte a uma cidade cuja apresentação visual dispensa comentários. Para o professor de educação física, Carlos Eugênio Ferraro, de 46 anos, a cidade tem tudo para receber outros projetos.
“A prova tem todos os ingredientes para ser um ótimo evento e acredito que esse seja o primeiro de muitos. Um evento com a distância menor é mais atrativo para os amadores, eles não tem o bloqueio dos grandes percursos”, avalia Carlos Eugênio.
O município dispõe de um contingente real e potencial no esporte, tendo apresentado nos últimos três grandes eventos do Rio de Janeiro uma expressiva participação, 650 participantes na Maratona do Rio, 720 na Corrida da Ponte e 340 na Corrida de São Sebastião. Agora é a vez dos atletas da cidade comparecerem em peso e recepcionarem da melhor forma os atletas de outros municípios.
Com 9 Km, a Pique Unimed terá no percurso o Museu de Arte Contemporânea de Niterói, além das belas praias fluminenses, o que equivale dizer que os atletas terão o mar como companheiro durante todo o trajeto. Por falar na beleza e nos atrativos da cidade, Carlos Sampaio, sócio de uma das organizadoras do evento, acredita que Niterói tem tudo para entrar firme no calendário de provas de rua.
“Conhecemos bem a cidade de Niterói e suas belezas, e já fazia parte de nosso planejamento (sonho) fazer um evento usando o percurso da orla. A cidade possui muitos outros percursos e cenários para eventos ainda por explorar, além de possuir um público praticante de esportes em franca expansão”, comentou.
Com três mil participantes, a prova terá sua largada em frente à estação das Barcas na Avenida Visconde do Rio Branco e a chegada na estação das Barcas em Charitas, na Avenida Prefeito Silvio Picanço. Em paralelo a prova principal, ocorrerá também uma caminhada com percurso de 3 km na orla de Charitas. Vale lembrar que o início do horário de verão começa neste domingo, com isso se faz necessário que os atletas e interessados em acompanhar a prova tomem as devidas precauções. A organização irá disponibilizar para os atletas um espaço com vários serviços como avaliação funcional, alongamento, dentre outros.

Pronto para sua corrida particular

Dentre todos os participantes, um em especial tem muitos motivos para comemorar, o maratonista Bruno Dutra, de 30 anos e cadeirante há 12. O atleta poderá realizar a prova de forma adequada após ser presenteado pela organizadora do evento com uma cadeira apropriada para a realização do esporte.
“Ano passado eu corri em uma cadeira feita para o basquete, o que acabou exigindo muito mais de mim do que se estivesse em uma cadeira apropriada para corridas de rua. A Sylvia Bastos, Diretora Geral da Secretaria Municipal de Acessibilidade e Cidadania de Niterói me levou e apresentou ao grupo Unimed Leste Fluminense, onde contei minha história e eles me contaram sobre o evento. Eles me apoiaram de cara, doando uma cadeira específica para esse tipo de competição”, relata.
Bruno, que sofreu lesão em três vértebras em um acidente de moto,
recebeu sua cadeira apropriada às vésperas da corrida, fato que não o desanimou.
“Muita determinação para vencer mais esse desafio em minha vida, e que oficialmente essa seja a primeira de muitas corridas profissionalmente falando”, diz o atleta.
Agente na conscientização da Lei Seca, Bruno crê que pode continuar
contribuindo para a sociedade divulgando a prática esportiva.
“Assim como na Lei Seca, que vou aos lugares contar a minha história e servir de exemplo para que não aconteça com outras pessoas o que aconteceu comigo, acredito que no esporte vai ser igual. Espero servir de exemplo não só para os cadeirantes mas sim para todas as pessoas portadoras de deficiência. Só basta querer”, enfatiza.

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