sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

PRF vai reprimir arrastões durante o carnaval | Jornal O Fluminense


Agentes vão invadir blocos nesse carnaval, vestidos com balão da Lei Seca. Foto/ divulgação (Palácio Guanabara)
A operação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para o carnaval 2013 terá a participação de policiais de outros Estados, armados com fuzis, se necessário, com o objetivo de tornar mais ágil o patrulhamento da BR-101 (Rio-Vitória), no trecho entre a capital fluminense e Itaboraí e reprimir arrastões, que são muito comuns no trecho, principalmente em feriados, quando o trânsito engarrafa e os criminosos agem. A ação começa hoje e vai até o dia 18 de fevereiro.
O novo motopoliciamento envolve 24 agentes, dos quais apenas cinco são do Rio, e 19 motocicletas, divididos em oito grupos. Os policiais que estiverem na garupa poderão atuar com armas longas, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal. Para tal, todos passaram por treinamento especial.
Com isso, além de acidentes, a PRF também terá a possibilidade de reprimir a criminalidade na região. No ano passado, houve vários casos de arrastões promovidos por assaltantes armados no trecho Niterói-Manilha da BR-101.
“Eles circulam em duplas ou trios e abordam sempre três ou quatro carros, no máximo, para furtar objetos de baixo valor, como celular, carteira, bolsas. Depois eles saem correndo “, explicou a inspetora da PRF Marisa Dreyf.
O mesmo modelo de patrulhamento já vem sendo utilizado há dois anos em cidades do Pará e de Goiás. Durante a Conferência Rio+20, em junho do ano passado, os motoqueiros armados da PRF também participaram do plano de segurança, porém apenas para garantir a livre circulação de autoridades.
Pela primeira vez, o motopoliciamento será aplicado em um evento cuja circulação de pessoas e veículos é muito acima do normal. “Vai ser um laboratório interessante para os grandes eventos que teremos pela frente, como a Copa das Confederações, por exemplo. Só na Niterói-Manilha, no carnaval, o movimento aumenta mais de 30%”, finalizou a inspetora.
Ação – A fiscalização de embriaguez ao volante será intensificada pela PRF durante a operação carnaval. Com mais de 1200 etilômetros - conhecidos popularmente como “bafômetros”- em postos e carros, policiais rodoviários federais poderão solicitar que o motorista realize o teste de embriaguez a qualquer momento, seja em abordagens de rotina ou blitzes especificas. A operação contará com mais de dez mil agentes.
Movimento – O carnaval é o feriado com maior movimentação nas rodovias federais e o motorista deve estar atento e respeitar a sinalização, principalmente no que diz respeito à velocidade permitida e ultrapassagens.
No carnaval de 2012, as colisões frontais (ou batidas de frente) mataram 86 pessoas e feriram 264. Esse tipo de acidente acontece principalmente em duas circunstâncias: quando o motorista ultrapassa em locais proibidos ou, em locais permitidos, calcula mal o tempo e a distância necessários para realizar a manobra. Outra prática frequentemente flagrada pela PRF é a de dirigir pelo acostamento.
Campanha de conscientização
Com bafômetros descartáveis, bolas infláveis, adesivos e ventarolas (leque de papel rígido), agentes da Operação Lei Seca (OLS), da Secretaria de Estado de Governo do Rio de Janeiro, farão ações de conscientização aos foliões neste carnaval. A campanha educativa, para mostrar que álcool e direção não combinam, será realizada em blocos de ruas e no Sambódromo, até a quarta-feira de Cinzas. E na Lagoa Rodrigo de Freitas, boias-blimps vão brilhar com a marca da OLS.
“Não basta fiscalizar, é preciso conscientizar a população dos efeitos maléficos do álcool e direção para que haja mudanças efetivas e um número cada vez menor de mortes e acidentes devido a essa mistura”, explica o coordenador da OLS, major Marco Andrade.
A OLS vai usar cerca de 20 mil bafômetros descartáveis nos blocos de carnaval, como parte das ações de educação. Os foliões poderão soprar no aparelho e, se o resultado para alcoolemia for positivo, eles terão certeza de que não podem dirigir. Esta ação não tem caráter punitivo, uma vez que a pessoa não estará ao volante.
“Vendo o resultado no bafômetro, a pessoa vai ter ideia de que realmente o que ela bebeu faz diferença no organismo e, por consequência, na sua capacidade psicomotora para dirigir”, diz o major Marco Andrade.
A ação com bafômetros descartáveis será realizada por 33 agentes que sofreram acidentes de trânsito devido à mistura de álcool e direção e hoje são cadeirantes. Dois grupos de 11 agentes vão invadir seis blocos nesse carnaval vestidos com o balão característico da Operação Lei Seca. Eles vão distribuir adesivos da OLS e ventarolas para lembrar que a mistura de álcool e direção resulta em acidentes, muito deles fatais.

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